* PAZ, HARMONIA e AMOR *

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Aspas


Por entre asas
"aspas"
emplumadas - sonhos
Vislumbra-se
o ser
Talvez seja esse
O minuto que antecede
o fruto
Mãos espalmadas
Silencio e lucidez.

Luciana Silveira

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Da lágrima


E da lágrima que brotou
Botões vermelhos surgiram
Embalados ao véu da noite
E cada canto contido
Escondido
Extraído agora
Nessa onda noturna
Onde tudo é silêncio
e descoberta
Uma luz no fim do túnel
Um beco onde há saída
Vida.

Luciana Silveira

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Coração-lar


Nestes dias frios queria você aqui
Não preocupe-se não, minha mãe
É só essa necessidade de aconchego
No teu doce colo-ventre-pátria
Esse cheiro do alimento vindo de ti
Minha paz e conforto instaurados
Quando estou sob teus olhares
Plenos de luz, amor e doação
É só um fim que quero dar na solidão
Desses dias longos de inverno rígido
E uma vontade de dormir abraçada a ti
Por que mãe, um dia a gente tem que sair
De onde não devia ter deixado nunca?
Por que ter que abandonar o ninho
Deixar para de vez em quando o carinho?
A vida é assim, não é, mãe?
Ambas sabemos a importância de crescer
E aprender a se fazer o conforto de outro ser
Costurarmos essa colcha de retalhos em outras teias
Sem contudo perder o sangue de nossas veias
Mas quero dizer sem ter que chorar
E se for preciso que eu chore então
Que sempre estarei agarrada à tua mão
E dentro de ti, no coração, meu lar.

Luciana Silveira

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

As árvores morrem de pé!


Já tanto caminhei,
muito conheci e vivi.
Sei dos sabores
e dissabores que a vida nos dá;
aprendi a viver!

Uma busca constante
de aperfeiçoamento
mesmo que custe sofrimento!

Luto
pela igualdade,
pela diferença
num misto de
tolerância,
compreensão
e perdão
que não têm preço para mim!

Quando partir
para além do azul
nessa estrada sem fim
quero ser como se fosse árvore;
as árvores morrem de pé!
José Manuel Brazão

A todos os que passaram pela minha existência nesta Vida!

Amigo Zé!
Creio que existe um pedacinho desse poema para esta amiga brasileira já que estou passando na tua vida rsrs.
Um lindo poema retratando um pouquinho do teu ser e do que gostarias de transformar pelos caminhos onde passas.
Mas deixa isso de morrer como árvore para outra história, ainda vais escrever muito para nosso deleite.
Belo muito belo!
Bjos
Carol
Li este poema hoje de manhã e adorei-o logo. Tive imenso prazer em o reler, agora com mais atenção. É grandioso e magnífico!
Bjs
Célia
Zé, este poema esta excelente! Um dos melhores poemas seus que li! Abraço!
Aquazulis

http://www.youtube.com/watch?v=v13uDrFEniY&feature=related 

Chuva


Chuva que não cessa
E inunda a alma
Lavas o pensamento
De quem a sente
Como fosse a semente
Que brota de cada olhar?
Chuva em gotas esparsas
Ou ventanias algozes
Lavas as mazelas
De egos dissonantes
Como fosse a tristeza
de quem não sabe amar?
Chuva que vem de dentro
Utopia viva e latente
Lavas a realidade
Desnudando máscaras
Como fosse insanidade
De quem sabe sonhar?

Luciana Silveira

sábado, 8 de dezembro de 2012

Sonho


Sonho pela vida
que não tenho,
que procuro,
e que luto
neste silêncio
que me acompanha!

Sonho
com a família
dispersa, distante,
com a saudade constante,
de um homem
que disfarça ser feliz!
Que vive angustiado,
dando amor
aos que se lembram dele,
lhe aliviam a dor,
o acarinham, o admiram,
o amam,
fazendo esquecer,
as sombras da vida!

Sonho
com a felicidade,
que bate à porta
de cada um
e que um dia
encontrará
minha porta aberta,
para viver em paz
o resto do meu caminho!

José Manuel Brazão

"Sonhe com o que você quiser. Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida
e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.
Tenha felicidade bastante para fazê-lo doce. Dificuldades
para fazê-lo forte. Tristeza para fazê-lo humano. E
esperança suficiente para fazê-lo feliz."
Clarice Lispector

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Esta Lisboa que eu amo


Lisboa,
minha cidade,
onde nasci
e tenho vivido,
crescido,
aprendido,
ensinado
e criado
tudo aquilo que me deste,
até a liberdade,
que uns sabem usar
e outros abusar.
Quase toda te conheci,
de oriente
a ocidente,
mas há sempre um cantinho,
desconhecido
ou mal observado,
durante este caminho,
igual à minha idade.

José Manuel Brazão

Miriade
Zé uma otima ideia,um lindo poema e maravilhoso video,adoro Portugal, tenho uma afinidade com seu pais, deve ser essa amizade luso-brasileira que temos nas entranhas.Estive ai por duas vezes a tentar conhecer melhor e me identifiquei com tudo que vi,parece minha cidade Natal,as ruas de Lisboa,suas escadarias, sua arquitetura unica,seus azulezos poéticos, a roupa no varal das janelas, os bordados,o forte de Saõ Jorge,passa para mim uma sensação de nostalgia e romantismo, até escrevi um texto também na epoca que a visitei, deve está na gaveta, quando o encontrar posto para você ok? Achei lindissimo seu texto poema, viajei no video e no fado, obrigada por compartir,
 Beijocarinho, Lu


http://www.youtube.com/watch?v=LOa9Q4RvSKw&feature=player_embedded




domingo, 25 de novembro de 2012

Os olhos do meu coração


O meu amor por ti
vem de longe,
num silêncio sereno,
de muita convicção,
só visto pelos meus olhos,
os olhos do meu coração!

Sabes desta paixão
que passou a amor,
quando senti
a tua dedicação,
admiração
por mim!

Tens o conforto
do meu pensamento em ti;
nessa hora desejas-me,
fixas a minha imagem,
sorris para ela,
apertas no teu peito,
sentindo o meu corpo
levar-te ao prazer!

Cai-te uma lágrima,
enfrentas a realidade,
de o amor nos aproximar
e o mar nos separar!

José Manuel Brazão

sábado, 24 de novembro de 2012

Sinto


Do arco-íris do meu ser
Pinto e bordo, recordo...
Brindo a vida em sua taça
Leque de possibilidades, ardo...
A cada volta do sol
Dele visto-me desperta
E imersa em raios, explodo...
Envolta no manto da lua
Imensidão de brilho e luz, respiro...
Na escuridão de minhas noites
Chuvosas, saudosas, cheirosas
Brinco de voar, imagino...
Nas águas do meu viver
Sou uno e duplicidade
sinto, sinto, sinto...

Luciana Silveira

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Forte brisa


Meu amor é forte
Qual escultura de concreto
É reto.
Caminha léguas
Transpõe montanhas
Navega mares
É erva de raiz forte
Nunca reconhece a morte.

Meu amor é brisa
Leve tal qual pluma rara
É livre.
Flutua suavemente
Baile de borboletas
Revoada de andorinhas
É todo ele harmonia
Minha mais lúcida fantasia.

Luciana Silveira

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Meu Poema, minha Vida!


O espelho que não mente


Olho-me em ti
como meu companheiro
de todas as horas
vivendo as minhas angústias
por erros que não apagam
por amor que se pensou bem doado
vivendo as minhas tristezas
por querer ser melhor hoje do que fui ontem
na busca de me amar
para saber amar os outros
numa luta pela Vida
sempre constante, sem dimensão...
vivendo as minhas alegrias
dum sol nascente
com raios de esperança
e pensamento seguro
num caminhar
com corpo e alma renovados
e  a mão divina
ensinando o caminho libertador!
E olhando para ti
espelho da minha Vida
pela minha face lágrimas
com mistura de verdade e esperança,
 uma força que vive em mim
e com humildade aceitar
os desígnios de Deus
num destino que em mim existe
e olhando-te meu espelho da Vida
tu nunca me mentirás!


José Manuel Brazão

* Quem me conhece, sabe que este poema é mesmo um espelho de mim *


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Olhos nos olhos


Quando fecho meus olhos tristes
Teus meigos olhos me invadem
Olhos que sorriem para os meus
Meus olhos rasos d'água diluem-se
Então nesse momento não há como
Desprender meus olhos dos teus
Corpo e alma enfim compreendem
Essa força que nos une e acalanta
Nosso olhar é luz e fogo e graça
Quando juntos é criatividade pura
Ao te ver miro-me em um espelho
Que logo devolve-me cada reflexo
Teu olhar é porto seguro, amor meu
Onde estou ancorada para sempre
De mãos dadas ou amando-nos
Olhos nos olhos, carne na carne
É no céu que nos encontramos
Pudera eu beber cada lágrima vertida
Navegar pela distância desse mar sem fim.

Luciana Silveira

[...]

Admiro o teu olhar.
fixo os meus olhos
nos teus…

pensas na vida
nos sonhos que te invadem,
nas ilusões que tiveste,
nos dramas que esqueceste.

Os teus olhos
procuram os meus gestos,
a minha alegria de viver,
os meus mimos …

Sorris
e os lábios mexem,
com palavras de encanto,
tornando-os sensuais,
desejados...
José Manuel Brazão

sábado, 3 de novembro de 2012

Voltarei sim no dia da saudade...



Sinto na minha alma
o eco das tuas palavras,
palavras vividas
sofridas por uma vida
sem sentido,
sem amor,
mas com esperança!

Vida por viver,
mas sonhada!

Através dos sonhos
de cada dia,
constróis os castelos
do carinho, do amor
que deste,
mas não recebeste!


Sinto ainda
o eco das tuas palavras
envoltas em lágrimas
que lavarão o passado,
para olhares o futuro,
com ansiedade...

Meu amor
Não aguento mais
Estar longe de ti;
Voltarei sim
no dia da saudade!

José Manuel Brazão


Para estar junto não é preciso estar perto e sim do lado de dentro!
Leonardo da Vinci

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Nostalgia...


Cada dia que nasce
a nostalgia percorre
teu corpo e alma
e fica dentro do teu coração!

Vives com olhar distante
vindo até mim,
olhas-me em imagens,
nas palavras e pausas...

O olhar se aproximou,
beijas os poemas,
sentes o perfume romântico
de cada um
- viveste dentro deles –
queres evitar de reler e reviver,
mas não consegues,
a nostalgia vive em ti!

José Manuel Brazão

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Asas partidas



A música que ouvia ao longe
Adentrava-se em meu coração
Revirando ternos sentimentos
De paz, alegria e bem querer
Sua melodia sábia e melancólica
Remete-me a bons tempos idos
Entoando aos meus ouvidos
Tudo aquilo que poderia ser
Esse tom abençoado é luz mas solidão
Nas noites frias e insones de reflexão
É tristeza mas também compreensão
Algo em meu peito querendo extravasar
Sair de mim, te encontrar e nos encantar
Quando foi mesmo que saí do rumo
Perdi o prumo e a doce fantasia?
Agora a noite transformando-se em dia
E o coração totalmente fora da melodia
Ah alma minha, como eu gostaria
De caminhar novamente nos trilhos
Sentir a música, seus tons e brilhos
Meu coração aberto com enredo
E a melodia soando sem segredo
O encontro derrotando o medo
Minhas asas agora pequenas e partidas
Alando-se leves ao frescor do vento.

Luciana Silveira

Silêncio interior


Conforto a minha existência
com o silêncio interior!

Aí se juntam o amor e o coração,
havendo sintonia,
com outros seres de Luz,
que provocam em mim,
com persistência,
paz e harmonia.

Nem que seja por instantes,
alimenta-me a Alma;
ganho forças para continuar,
o meu Caminho,
este longo Caminho …

José Manuel Brazão

domingo, 28 de outubro de 2012

Um reflexo de amor


Por uns tempos esteve adormecido
 como se tivesse partido
 e nós vagueando no tempo,
 na Vida por aÍ...

 Mas não partiu,
 e deixou uma luz,
 em que nada é certo;
 apenas a morte!

 Vi primeiro a luz,
 porque em mim
 a chama nunca apagou,
 nunca partiu com esse amor!

 Em ti sempre ficou
 o pulsar do meu coração
 na procura da razão,
 no refúgio em silêncio,
 que doi muito, faz sofrer
 e o amor sempre atento,
 nos acorda para o anseio,
o desejo que luta com nossos corpos
e serena as nossas almas,
 abrindo o caminho
 para uma nova reflexão:

Um completa o outro?

José Manuel Brazão

Em teus braços


Quando estendes teus braços
sinto paz, conforto e segurança,
que reforça a minha esperança
e quando teus braços
envolvem meu corpo num abraço
esquecido pelo tempo,
sinto-me dentro de ti!

José Manuel Brazão

sábado, 27 de outubro de 2012

Este é o meu caminho!



Sou quem sou
neste percurso da Vida;
muitos me acompanham,
me amam
e ajudam
por ser quem sou!

Não hesito
e ganho em cada dia
mais forças para o meu viver!

Minha Luz apareceu
e tanto precisava dela,
mas chegou por divina
no momento certo!

Instantes da Vida
que surgem em momentos
da minha esperança
na espera de dias melhores,
dum Sol nascente,
que de mim jamais sairá!

José Manuel Brazão

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

VIVO!


Existem momentos
de hesitações,
interrogações,
muitas interrogações!

Nem sempre
tenho resposta
ou solução!

Nem sempre
a voz do coração
me escuta
ou entende!

Aguardo
pelo amanhã,
com a esperança
que nem todos os dias
são iguais!

O ontem já esqueci,
o hoje estou a viver,
o amanhã está para nascer!

José Manuel Brazão

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Um brilho


Um raio de luar caiu sobre seus tenros cabelos.
Ao passar os dedos por entre os fios, roubei-o pra mim;
Iluminei-me então de seu brilho,
E iluminada segui em meus passos vacilantes.
Mais adiante, o que vislumbrava eram imagens coloridas,
Imagens ressonantes, harmonizadas de seu matiz.
Quando enfim retornei a casa primordial,
Banhada de luz e fundida em sua cor,
O que senti... raízes, vitrilhos primeiros,
Derradeiros,
Desse amor-aprendiz.
Brilhamos desde então.
C a l e i d o s c o p i c a m e n t e...

Luciana Silveira

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Coração-lar


Nestes dias frios queria você aqui
Não preocupe-se não, minha mãe
É só essa necessidade de aconchego
No teu doce colo-ventre-pátria
Esse cheiro do alimento vindo de ti
Minha paz e conforto instaurados
Quando estou sob teus olhares
Plenos de luz, amor e doação
É só um fim que quero dar na solidão
Desses dias longos de inverno rígido
E uma vontade de dormir abraçada a ti
Por que mãe, um dia a gente tem que sair
De onde não devia ter deixado nunca?
Por que ter que abandonar o ninho
Deixar para de vez em quando o carinho?
A vida é assim, não é, mãe?
Ambas sabemos a importância de crescer
E aprender a se fazer o conforto de outro ser
Costurarmos essa colcha de retalhos em outras teias
Sem contudo perder o sangue de nossas veias
Mas quero dizer sem ter que chorar
E se for preciso que eu chore então
Que sempre estarei agarrada à tua mão
E dentro de ti, no coração, meu lar.

Luciana Silveira

domingo, 14 de outubro de 2012

Em sonhos


Em meus sonhos pinto e bordo
Transbordo
Teço teias penetráveis
Sempre voando, bailando, cantando
Nos meus sonhos vejo a luz
Desde o início do túnel
Tinas e mais tinas de água límpida
Cachoeiras embalando sonhos alheios
Nos quais penetro sorrateira
Com cara de quem foi convidada
Em meus sonhos posso ser o que quiser
A menina zangada, mulher amada, adolescente malcriada
Posso ser até a sábia anciã, se quiser
Percorro casarões antigos
Recantos sombrios
Percorro vales verdejantes
Recantos encantados
Em meus sonhos estou sempre só
Me vejo pelo avesso
Sou de dentro pra fora 
Qual observador arguto
Escuto
Vejo pessoas sorrindo, amando, chorando
Vejo além
Em meus sonhos.

Luciana Silveira

sábado, 13 de outubro de 2012

O pássaro e a flor


Logo pela manhã
o pássaro
voava por esse céu
ao encontro do amor!

A flor
todos os dias
esperava por aquele momento
de encantar com o seu aroma!

E quando se dava o encontro
ele com melodias de canto
e ela abria suas pétalas de amor
para um abraço de ternura!

Assim vive a natureza
doando cânticos de amor!

José Manuel Brazão

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Sou feliz assim...


Sou feliz assim
com o amor que te dou.
Guarda-o no teu coração
pelo muito que me deste.
Não precisámos de toques,
mas apenas de almas unidas!

Neste momento
sou tão feliz assim,
preciso mais de teu olhar,
carinho e afecto
do que de teu corpo!

José Manuel Brazão

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Eu sonho


Sonho pela vida
que desejo ter,
que procuro e luto
neste silêncio
que me acompanha!

Sonho com a família
dispersa, distante,
com a saudade constante,
de um homem
que disfarça ser feliz!

Que vive preocupado,
dando amor
aos que se lembram dele,
lhe aliviam a dor,
o acarinham, o admiram,
o amam,
fazendo esquecer,
as sombras da vida!

Sonho
com a felicidade,
que bate à porta
de cada um
e que um dia
encontrará
minha porta aberta,
para viver em paz
o resto do meu caminho!

José Manuel Brazão


"Sonhe com o que você quiser. Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida
e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.
Tenha felicidade bastante para fazê-lo doce. Dificuldades
para fazê-lo forte. Tristeza para fazê-lo humano. E
esperança suficiente para fazê-lo feliz."
Clarice Lispector

domingo, 7 de outubro de 2012

Despertar


Noite passada ela dormiu e sonhou que catava estrelas no manto de mãe Maria. Seu dia foi leve como poesia pequena, sem rima nem estrofe, mas linda em sentimentos. E teve cigarra cantando... um bando de cigarras como que chorando a dor de serem efêmeras. Seu canto tinha um quê melancólico, um chamado urgente e desabrochava em si sobre o véu prateado da lua. E a menina, pequena que é diante de tal quadro, adormecida ficou por uns tempos. Mas isso aconteceu antes que ela despertasse para dentro de si...

Luciana Silveira

sábado, 6 de outubro de 2012

Nosso sofrer pela distância


Se eu pudesse …
vestia o teu corpo
de rosas vermelhas!
Olhava-te,
seduzia-te …

Ao meu redor,
exalava do teu corpo,
o aroma das rosas.

Desse corpo
de incontida paixão,
tirei uma a uma,
cada rosa vermelha.

Teu corpo ficou belo,
muito belo …
sofri,
perante o meu oásis!!!

José Manuel Brazão
[....]
Cada rosa com que enfeitaste meu corpo
De botões desabrocharam-se em flor
E são milhares de botões
Caindo em pétalas de diversos matizes
Todos eles em tons de vermelho-paixão
Lembrando-me cheiros do nosso amor
Forte, intenso e lascivo
Eternizados na beleza e na cor
Comemos cada pedaço dessa maçã-do-amor
Reminiscências de cada momento vivido
E nosso sofrer pela distância
Torna-se belo e calmo
Diante da grandeza do oásis almejado.

Luciana Silveira

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Sonho imperecível


Subo na cumieira dos meus desejos
Para gritar bem alto que sou tua
Sons alados na face da lua
E a vida esvai-se nesse sonho
Imperecível

Vejo por entre as frestas dormentes
Fragmentos de nossa história
Que tão lúcida e notória
Instalou-se em meu coração
Quimeriano

Meu olhar agudo faz-se grave
Enquanto minhas pétalas se abrem
E todos os meus poros sabem
Da tatuagem permanente desse amor
Sagrado

O labirinto conduz meus passos
Águas desembocando em foz
Em minha mente somente tua voz
Encostando-se em minha alma
Fugidia

Lua girando em minha órbita
Minhas palavras vão se dissolvendo
Nesse rio lento por você vivendo
Transbordando todo o sentir
Alimento

E são flores coloridas orvalhadas
Na eterna primavera lunática
Gotinhas em dose homeopática
Dou-te meu cerne e minha razão
Respiração.

Luciana Silveira

Lu
Dos mais belos poemas de amor que já te li!
Beijo do 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Águas profundas




Laço o lume da estrela e com ela vagueio. É pegar ou largar, no fundo escolho mas trapaceio. Coisas que me vêm à cabeça, lampejos de dias idos, ainda precisos na mente. A cabeça mente o que o corpo ainda sente. Nega. E nesse ir e vir de imagens mentais soam sinos ante a idéia móvel e fugidia de um dia ter e ser. Não vou falar de amor por hoje, quero apenas rezar. Olho pela janela, a lua mingua e é assim como me sinto. A bem-aventurança do invisível sentir. Sabor incandescente na aragem da alma ( Penso nisso enquanto sinto a brisa no meu rosto). Piegas, porém belo. Tolo e quase dolorido. Minto e repito como que para convencer não-sei-a-quem um não-sei-o-que. São vagas as minhas divagações, ainda que fixo em meu coração. São nesses dias que preparo o mergulho em águas profundas, despertando o inominável.

Luciana Silveira

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Distração


O meu amor é distraído, nem imagina como vivo por ele, que em noites de lua cheia, a água em mim serpenteia e vai e volta batendo no espelho em que me olho para que ele me veja. O meu amor é ocupado, nem sabe como e o que faço para o entreter em minhas teias, para que ele se lembre que eu existo e estou aqui e fervo. E não sabe como eu me pinto e bordo, como me enfeito, e, para todo o efeito, permanece sem saber. Sem saber das veias, das meias em que me enfio para aquecer meu frio, e não sabe que eu ando também distraída, às vezes me sinto traída e isso tudo porque ele dorme. E ando pela casa de um lado para o outro, vou à varanda, me espreguiço na rede e quando olho a cidade, pontinhos brilhantes ao longe é seu olhar que vejo, a desfilar e dançar bem em frente a mim. Meu amor não sabe que vou ao quarto, abro o armário e boto pra fora todos os cheiros, todo o esmero, toda beleza guardada em potes de diferentes formas como é diferente a forma como o amo. Ele não me vê em meu atelier desfiando tintas e sonhos e nem dá atenção aos poemas, onde me exponho. Meu amor não sabe que em meu pensamento eu o invento, eu o transformo e ainda penso em rebentos. Ele nem sabe que depois de suspiros e providências, penso umas indecências, subo pelas paredes, escrevo cartas de amor. Meu amor não imagina que ando voando por ruas desertas, sempre alerta ao que há de vir. Ele não sabe porque me conhece bem. Meu amor é assim mesmo, distraído. Nem escuta o estampido que vem do meu coração, que é dele.

Luciana Silveira




segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Olhos nos olhos


Quando fecho meus olhos tristes
Teus meigos olhos me invadem
Olhos que sorriem para os meus
Meus olhos rasos d'água diluem-se
Então nesse momento não há como
Desprender meus olhos dos teus
Corpo e alma enfim compreendem
Essa força que nos une e acalanta
Nosso olhar é luz e fogo e graça
Quando juntos é criatividade pura
Ao te ver miro-me em um espelho
Que logo devolve-me cada reflexo
Teu olhar é porto seguro, amor meu
Onde estou ancorada para sempre
De mãos dadas ou amando-nos
Olhos nos olhos, carne na carne
É no céu que nos encontramos
Pudera eu beber cada lágrima vertida
Navegar pela distância desse mar sem fim.

Luciana Silveira

[...]

Admiro o teu olhar.
fixo os meus olhos
nos teus…

pensas na vida
nos sonhos que te invadem,
nas ilusões que tiveste,
nos dramas que esqueceste.

Os teus olhos
procuram os meus gestos,
a minha alegria de viver,
os meus mimos …

Sorris
e os lábios mexem,
com palavras de encanto,
tornando-os sensuais,
desejados...
José Manuel Brazão

sábado, 29 de setembro de 2012

Virá



Abro a janela dos meus sonhos
Por entre as frestas, arriscam-se luzes
Desejos cintilam em azuis violáceos
Arrisco uma nota sol em meu vilolino imaginário
Estrelas cadentes pousam neste instrumento
Então, nada mais causa-me tormento
A voz do vento a susurrar
Eternizado em nosso bailar
Pedaços de uma vida solidária
E, hoje vejo, nada solitária
Ver vir o sentimento inerte
Agora, sim, sempre
É querer queimar-se em fogo brando
É saber-se nascida para doar
É saber que virá
E virá, e virá...
De ti, quero o corpo e o alento
De resto, quero-te em mim.

Luciana Silveira

Entregando o coração


Adormeço sonhando
com o eco das tuas palavras,
num amor que não morre!

Amanheço com o Sol
raiando em mim,
e deixando o calor
do teu corpo desejado
nestes momentos de entrega
do meu coração ao teu encanto!

José Manuel Brazão

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Vestes o silêncio e amas...


Nasceu este amor
como gratidão ao Sol!

Iluminou nossas almas
que andavam desavindas.

Cresceu este amor,
entre lágrimas e sorrisos.
Dei-me todo a esta paixão,
que não pára
neste palpitante coração!

Choras, porque o desejas,
mas …
Vestes o silêncio
e amas …

Guardas para ti
este amor,
esta loucura,
esta paixão...

... e a tua alma
está sempre em mim!

José Manuel Brazão

Infinito



É com as mãos estendidas ao infinito
Que ato meu corpo junto ao teu
Nesse momento me perco
Para no futuro te encontrar
No céu, as estrelas esperam
Equanto cometas vagueiam
Em busca de nosso olhar

A eternidade nos espera, amor meu
Enquanto flores abrem suas pétalas
Para nosso futuro lar enfeitar
Entendemos juntos essa harmonia
Que desfaz-se em bolhas de sabão
Juntando todos os nós e desatando-os
Um por um, restando apenas nós

E quando cai a noite nessa cidade
Tudo o que não sinto é solidão
Sinto apressado pulsar meu coração
Na espera doce do tempo em que virás
Escrevo poesias talhadas em sentimento
Enquanto vejo na lua tua imagem
E todo o resto, é pura bobagem.

Luciana Silveira

[....]

Acreditas,
acreditas em ti
e muito!

Sonhas
com o teu viver,
que nem sempre será noite,
mas haverá um luar
que iluminará fortemente,
o teu coração ardente,
Com amor,
muito amor!

E no infinito
te encantarás
por esse amor sem fim!

José Manuel Brazão

domingo, 23 de setembro de 2012

Meu anjo Rafael (Rafa)


Seres criança
é um raio de esperança
que guardo em mim!

Seres criança
e o meu anjo Rafael (Rafa)
se instala
no meu corpo e alma!

Seres criança
e teres amor por mim
me deixa sem jeito
me deixa
eternamente em ti!

José Manuel Brazão

[....] 

Existe um anjinho
que ilumina seu caminho
um anjo lá do céu
chamado Rafael.

Esse anjo é bem legal
e quer ser seu amigo
pra brincar e escrever
junto com você.

Rafa


sábado, 22 de setembro de 2012

Instantes (Vida)

Minha vida
correu veloz,
tão depressa
que o passado
saltou para o presente
quase não me deixando
reflectir o que se passou
e permitir
que erros fossem corrigidos!

Mas sentindo a vida
como instantes,
parei...

... e vi que o caminho
era curto, tudo parecia fácil,
mas não...
Eu teria o meu rumo previsto
que não permitia desvios...
Aí a minha Vida não teria jeito,
mais se complicaria!

Apareceu uma luz, a Luz (tu)
que me estendeu a mão
e me levou pelo caminho
que ela em tempos buscava...
Vimos uma claridade,
que nos transportou
para caminhos
nunca antes vistos
ou sequer maginados!

Caminhos
que sabíamos o seu nome:
Caminhos de Luz!

E chegados aí,
aprendemos tudo
o que poderá
uma Mulher e um Homem
aprender da Vida!

O que somos,
quem somos
e para o que viémos!

José Manuel Brazão

Com o meu pensamento em Luciana Silveira, Mulher e Poeta, que marcou a minha Vida espiritualmente na Vida e na Poesia.

Não importa para onde vamos seguindo,
entre nós sempre haverá a lembrança
de um olhar, de um carinho,
e da integridade de momentos sinceros.
- Mario Quintana –